A passagem da caravana da reforma trabalhista
No
discurso do lançamento do Programa Nacional de Regularização
Fundiária, do dia 11 de junho de 2017, no Palácio do Planalto, o
presidente Michel Temer proferiu a seguinte frase: “Enquanto alguns
protestam, a caravana passa. E está passando”.
Fugindo
um pouco do tom político partidário desta frase, nota-se o caminho
temerário que nossa frágil democracia tem trilhado nestes últimos
tempos. Os debates e discussões legislativas, infelizmente, estão
sendo feitos de forma pouco transparente e às pressas, sem permitir
que a população mais impactada pelas alterações possam manifestar
alguma insurgência.
Isso
não é progresso e nem democracia! Não se está aqui a repugnar a
totalidade da reforma trabalhista implementada, mas sim a criticar a
maneira com a qual as mudanças foram feitas. É natural a alteração
do contexto legislativo, sempre com o condão de equilibrar ainda
mais o desnivelamento de algumas relações jurídicas, mas não
precarizá-las.
Estamos
diante de uma crise institucional que afeta todas as esferas do
poder. O pior é que a parcela que sentirá os efeitos mais nefastos
destes desmandos é a camada mais pobre e humilde da população.
A
reforma trabalhista, justamente pelo fato de influir diretamente na
economia e nas relações sociais do país, deveria perpassar por uma
discussão mais ampla e menos açodada. Qualquer governo que preze
pela democracia e pelo progresso necessita destinar uma atenção
especial para as reivindicações das classes mais populares e
clarificar da melhor forma possível as mudanças que pretende
implantar.
Não
importa o que aconteça, a caravana segue atropelando direitos
sociais!
Enquanto o povo não tomar a responsabilidade para si nada mudará. A grande verdade é que o caráter passa longe da cultura nacional e como consequência os eleitores e não apenas os eleitos não conseguem pensar nos outros de maneira adequada e essa cultura não vem mudando, na verdade há uma intensificação. No Brasil a ideologia é o escudo e a espada desse povo de pouco brilho.
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