Livro: O Trabalho sob a Ótica
do Direito e da Sociologia
Recentemente, tive o privilégio
de prefaciar uma obra jurídica sobre a perspectiva do trabalho na ótica do direito e da sociologia, objetivando pensá-lo como direito fundamental à dignidade da pessoa humana. Trata-se de um material excelente
que reúne diversos artigos instigantes sobre a temática, servindo de arcabouço teórico-metodológico para aqueles que pretendem se
aprofundar sobre as diversas nuances modernas do trabalho.
O livro foi lançado pela editora Lumen
Juris e possui 224 páginas. Os autores participantes são: Andrey
Borges Pimentel Ribeiro, Carlos Ugo Santander Joo, Claudia Mazzei
Nogueira, Erival de Araújo Lisboa Cesarino, Geruza Silva de Oliveira
Vieira, Gloriete Marques Alves Hilário, Irene Margarete Corrêa
Soares Pino, Jorlam Thiago Araújo de S. Ribeiro, Manuel Martín Pino
Estrada, Marcelo Marques de Almeida Filho, Maria Teresa Cauduro,
Pablo Almada, Ricardo Antunes, Sonya Maria Brandão.
Segue parte do prefácio por
mim lavrado:
“Como já dizia Victor Hugo, 'o trabalho não pode ser uma lei sem que seja um direito'.
Talvez esta seja a tônica da inestimável obra, já que nos
apresenta os debates mais pululantes e atuais da seara
justrabalhista, mormente no que diz respeito à autoafirmação do
trabalho digno frente ao ordenamento jurídico posto. Logo após
receber o honroso convite de prefaciá-la, bastante ávido no
intento, não me contive em ler esmiuçadamente os primorosos artigos
científicos catalogados neste livro. Um significativo diferencial em
relação a seus congêneres é a presença de um importante
componente sociológico na análise do direito do trabalho
contemporâneo. Autores de escol convidados para abrilhantar este
livro, cada qual em determinado tema, obsequia-nos com multiplicidade
de ideias para entendermos melhor o conteúdo e o significado da
noção de mínimos existenciais no contexto da relação
trabalhista. O material aqui apresentado tem como finalidade precípua
servir como texto fundamental de estudo sobre o trabalho, em suas
diversas nuanças modernas, à luz da famigerada dignidade da pessoa
humana. Seu público-alvo é, portanto, o aluno de ciências humanas,
sem se descurar, todavia, daqueles que pretendem adquirir uma base
sólida na preparação de concursos públicos, sobretudo para as
carreiras trabalhistas. [...] Enfim, após a leitura crítica e
percuciente da presente obra, notaremos que o poder diretivo deve
nortear-se nos estreitos limites constitucionais da disponibilidade
da força de trabalho obreira, justamente por incidir nas relações
empregatícias a eficácia irradiante e horizontal conferida aos
princípios da dignidade da pessoa humana e dos valores sociais do
trabalho. O controle abusivo de uma pessoa sobre outra é a antítese
do trabalho digno, sendo que o debate acadêmico interdisciplinar,
ainda mais com articulistas das mais diversas formações e
experiências, consubstancia-se em um poderoso mecanismo
concretizador do Estado Democrático e Constitucional de Direito.
Avante e tenha uma leitura proveitosa!” (Wagson Lindolfo José
Filho, Juiz do Trabalho).
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